FIM tem diálogos sobre filmes, cinema negro e fotografia
Conversas sobre diferentes aspectos do audiovisual movimentaram tanto salas de aula quanto salas de cinema nesta sexta-feira (6), o terceiro dia do FIM - Festival Internacional de Mulheres no Cinema, que fica em cartaz em São Paulo até 11 de julho.
No Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo, a pesquisadora, professora e curadora Janaína Oliveira comandou o primeiro dia de um curso sobre cinema negro, com ênfase na participação das mulheres. Idealizadora e coordenadora do Ficine, o Fórum Itinerante de Cinema Negro, Janaína iniciou suas aulas no mesmo dia em que o festival exibiu “Amor Maldito” (1984), de Adelia Sampaio, primeiro longa-metragem dirigido por uma mulher negra no Brasil.
Adelia, aliás, é uma das convidadas do festival e terá dois encontros com o público na próxima semana. No dia 9, às 19h30, participará do Cinema da Vela, no Cinesesc, ao lado das também diretoras Juliana Vicente e Roberta Estrela D’Alva; no dia 10, estará em um debate após a exibição de “Amor Maldito” no Espaço Itaú de Cinema - Augusta, marcada para às 16h.
Voltando aos acontecimentos do FIM nesta sexta-feira, o programa formativo contou também com a masterclass “Respirando com a câmera”, liderada por Heloisa Passos, que abordou sua longa e intensa relação com a direção de fotografia. A cineasta, que recentemente estreou na direção de longa-metragem com “Construindo Pontes”, abordou alguns casos e falou sobre os desafios da profissão.
Conversas também aconteceram nas salas de cinema, com realizadoras apresentando seus filmes e conversando com o público após a sessão. Foi o caso de Alice Riff, diretora de “Meu Corpo É Político”; Eliane Caffé, de “Era o Hotel Cambridge”; Letícia Simões, de “O Chalé É Uma Ilha Batida de Vento e Chuva”; e Alice Gonzaga, tema do documentário “Desarquivando Alice Gonzaga”, de Betse de Paula.
O FIM é uma iniciativa da Casa Redonda realizada em parceria com a Associação Cultural Kinoforum, com o apoio do Sesc São Paulo e do Grupo Mulheres do Audiovisual Brasil. É patrocinado pela Avon por meio do FAMA - Fundo Avon de Mulheres no Audiovisual, iniciativa da empresa com foco na equidade de gêneros no setor audiovisual brasileiro.
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